A queda de quase 15% das ações da Petrobras após saída de Parente é um reflexo do atual momento da empresa.“A queda forte reflete não só a surpresa em relação a saída, mas também as perspectivas em relação ao futuro da empresa. Não se sabe efetivamente qual o viés desse próximo presidente, principalmente em relação a política de preços que tinha sido adotada”, destaca Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset Management.
“O pior sinal, na verdade, vem para o investidor estrangeiro, e da insegurança jurídica de se colocar dinheiro no Brasil. Investidor vai pensar duas vezes porque as mudanças de regra, as mudanças de comportamento das empresas, a influência de governo, que normalmente é negativa, pode não valer a pena mais colocar o dinheiro aqui”, explica Jason.
Em relatório em inglês, a agência de avaliação de risco Moody’s, afirmou que a ausência de interferência política ajudou a Petrobras a melhorar as finanças e a reduzir dívida, e ressaltou que vai monitorar o impacto da mudança dos preços de combustível na trajetória da Petrobras.
Outra agência de classificação de risco, a Fitch afirmou que a interferência política pode desviar a empresa de suas metas.
“Uma série de dúvidas, como a gente estava comentando, permanecem em relação a independência ou não da empresa do governo, e mais importante, qual é o cenário eleitoral e o que vai ser o governo que vai decidir o futuro da empresa”, comenta Karel Luketic, analista-chefe da XP Investimentos.
RESUMO : A queda acentuada das ações da Petrobras deve-se,portanto,à soma de fatores 😮 aumento no preço dos combustíveis e a saída de Parente da presidência(sendo este último influenciado pelo primeiro).